Olá. Teclo de madrugada graças a um sonho que tive há pouco: estava em uma festa (luzes de boate) ou algo do tipo, sozinho, experimentando cervejas/bebidas alcoólicas sabor uva (!?). Estava bem arrumado. Num dado momento, ia me sentar no que seria o restaurante deste complexo de entretenimento, para começar a comer o que parecia um bife suculento. Então via numa mesa distante, mas não tão distante, um amigo da época em que era 'cristão' - uma pessoa inteligente e quase sempre agradável. Ele também me via, e concordávamos tacitamente em sentarmos juntos. Levantei-me e fui para a mesa dele. Começamos a conversar; estávamos um pouco surpresos, quase perplexos de nos encontrarmos ali. Não éramos 'de festas'. A conversa caminhou então para o lado inevitável: o que estávamos fazendo de nossas vidas - no plano existencial mesmo, não do tipo 'trabalho em tal lugar,moro não sei onde...'. Aparecia a atriz Jacqueline Laurence (alguém se lembra dela!? está viva, segundo a wikipédia), como uma espécie de mediadora do nosso diálogo. Fim, quer dizer, não me lembro de mais detalhes.
Acordei querendo teclar e desencavar essas coisas sobre as quais falei e não me lembro bem. Mas creio que não preciso 'me lembrar' delas; é a minha vida: tudo sobre o que já escrevi (ou omiti) neste blog, tudo que continuo tentando relatar.
Creio que este amigo (meio distante), sem saber, me motivou a escrever nesta madrugada de sábado. Foi com ele que travei alguns dos debates mais legais e alguns dos mais desagradáveis dos meus 30 anos de vida. Já sobre a atriz, talvez tenha a ver com a imagem austera, de intelectual (ou de governanta) que ela me passava na minha infância.
Nestas horas, há que se tirar o chapéu para a simplicidade (a capacidade de síntese) dos bons compositores populares, como Lulu Santos nesta música recente ('e tudo o mais'):
"Tudo o que eu sonhei
está em minha frente.
Tudo caminhando no processo
longo de ser gente.
Está em nossas mãos,
é a nossa vida.
Cada escolha sempre determina
o que vem em seguida."